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Desista do controle: uma boa gestão também se faz esperando

A fruta dá no seu tempo. Você já ouviu essa frase? Ela sempre me faz pensar sobre como a natureza segue seu ritmo, sendo regida por suas próprias leis. Também insiste em me lembrar que não importa o quanto gostaríamos de acelerar as coisas: não temos controle sobre tudo, principalmente quando se tratam de organismos vivos.

Isso inclui a empresa. Afinal, uma organização é composta por pessoas e é, portanto, um organismo bem vivo. A questão é que, como líderes, estamos ansiosos e nos cobramos demais pelos resultados. 

Então, mergulhamos em processos formais de desenvolvimento do negócio e de transformação cultural da empresa, acreditando que as metodologias serão suficientes para acelerar o “amadurecimento da fruta” e nos dar o desempenho que, como Conselheiros ou Executivos, almejamos.

Acabamos frustrados. Não porque processos e métodos não funcionam. Eles funcionam e são essenciais! Mas porque há aspectos intangíveis no funcionamento de uma empresa, que normalmente estão ligados à dinâmica humana. E esses aspectos, às vezes, podem funcionar como freio para os processos que desejamos ver acelerados.

É que pessoas têm “vieses” e, inevitavelmente, trarão para a mesa de reunião e para as tomadas de decisão suas experiências anteriores, seus medos e desejos. Sem que percebam – porque não é óbvio – elas serão influenciadas por limitantes emocionais, como narcisismo, desconfiança, necessidade de aprovação e uma série de outros ruídos que atrapalham a dinâmica da equipe e desacelera os processos.

Não é uma questão de ter a estratégia perfeita. Não depende apenas de um gestor fora da curva. A empresa é um organismo vivo e, por isso, nem sempre as transformações que desejamos seguem o cronograma planejado.

O jeito é esperar. Não no sentido de ficar parado sem fazer nada. Mas de considerar e respeitar a dinâmica humana nos processos de desenvolvimento do negócio e transformação cultural. Um bom jeito de fazer isso é promover ações que  estimulem a confiança entre os membros, propostas que permitam a abertura ao contraditório e estratégias que estimulem o prazer de trabalhar em equipe.

Ao enxergar a empresa como um organismo vivo, o líder conseguirá capturar o intangível e enxergar o “ritmo da natureza” em qualquer  transformação. Esta pode até ser mais lenta do que ele gostaria. Mas, ela será como a fruta que dá no seu tempo.

Tomada de decisão e transformação organizacional: como estes processos são afetados pela “dinâmica humana”?

A fruta dá no seu tempo. Você já ouviu essa frase? Ela sempre me faz pensar sobre como a natureza segue seu ritmo, sendo regida por suas próprias leis. Também insiste em me lembrar que não importa o quanto gostaríamos de acelerar as coisas: não temos controle sobre tudo, principalmente quando se tratam de organismos vivos.

Isso inclui a empresa. Afinal, uma organização é composta por pessoas e é, portanto, um organismo bem vivo, que tem seu DNA. A questão é que, como líderes, estamos ansiosos e nos cobramos demais pelos resultados. Então, mergulhamos em processos formais de desenvolvimento do negócio e de transformação cultural da empresa, acreditando que as metodologias serão suficientes para acelerar o “amadurecimento da fruta” e nos dar o desempenho que, como Conselheiros ou Executivos, almejamos.

Acabamos frustrados. Não porque processos e métodos não funcionam. Eles funcionam e são essenciais! Mas porque eles também estão sujeitos aos ruídos de um detalhe que a gente insiste em discutir pouco, mas que tem a forma de um elefante no meio da sala. Esse detalhe é a dinâmica humana. 

As mesas de reuniões, as lideranças, os conselhos são formados por pessoas que, além de trazerem sua identidade (tópico mais amplo do que pensamos), estão cheias de “vieses”. Elas chegam trazendo também suas experiências anteriores, medos e desejos. Quem elas são e como elas agem está diretamente associado às suas jornadas até aquele instante.

E são essa identidade e esses vieses e afetos que levamos para as relações no trabalho. Mas, como somos pouco ensinados sobre isso, não reconhecemos em nós mesmos os sentimentos que podem ser destrutivos no trabalho em equipe, na elaboração dos projetos, nas tomadas de decisões. Menos ainda conseguimos perceber que a forma como reagimos ao outro está intrinsecamente ligada aos gatilhos dentro de nós.

De repente, sem que nos demos conta, estamos atolados em um grupo com um emaranhado de limitantes emocionais – narcisismo, desconfiança, necessidade de aprovação e uma série de outros ruídos – que atrapalham a dinâmica da equipe. Não sentimos espaço para incentivar o autoconhecimento, a partilha de diferenças, a construção de relação interpessoal, o que acaba levando a empresa a resultados medianos e à ineficiência.

O resultado que tanto almejamos não vem porque desconsideramos o impacto da dinâmica humana nos processos decisórios da organização, e tentamos acelerar os resultados focados apenas em métodos e técnicas que parecem infalíveis. 

Por outro lado, se entendemos a empresa como um organismo vivo, se estimulamos uma melhor dinâmica do grupo com confiança entre os membros, abertura ao contraditório e prazer de trabalhar em equipe, então a transformação começa a acontecer. Ela pode ser mais lenta do que o líder de alta performance gostaria, mas ela será como a fruta, que dá no seu tempo.

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