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5 passos para tornar as práticas de ESG uma realidade em sua empresa

Nos portais de notícias, redes sociais, webinários e nas pautas de grandes empresas preocupadas com seus valores e reputação, a sigla ESG, que significa Environmental, Social and Corporate Governance (Governança Ambiental, Social e Corporativa), está em alta e é, sem dúvidas, um tema que ainda vai transformar muito a cena corporativa no Brasil e no mundo.

Mas, embora esse seja o assunto do momento, o conhecimento do que ele significa de fato não é dominado por muitos. A verdade é que os gestores ainda sabem pouco sobre como aplicar as práticas de ESG na rotina da organização. 

Entre as empresas familiares – que são 80% das organizações no Brasil – esse entendimento é ainda menor e a dificuldade passa até mesmo pelo convencimento do time a respeito da importância dessas práticas. Para ajudar os gestores nessa jornada, reuni neste artigo 5 passos que contribuem para tirar o tema do plano das ideias e trazê-lo para a prática da empresa.

1 – Decida por inspiração e não apenas pressão

É muito comum que o interesse pelo tema de ESG surja pela pressão do mercado. Afinal, os consumidores e os colaboradores estão, cada vez mais, interessados em organizações que se preocupam com as práticas sociais e de proteção ao meio ambiente. Mas, é essencial que a sustentabilidade se destaque como o valor central das práticas de ESG. 

A decisão por ser uma empresa que respeita a comunidade onde está inserida, que valoriza seus colaboradores e adota as práticas da governança corporativa deve ser genuína. Provocada, portanto, por inspiração nesse modelo e não apenas por pressão dos acionistas e consumidores. 

2 – Entenda o momento da sua empresa

As práticas de ESG são para empresas de todos os tamanhos, mas é importante que o gestor saiba qual o momento da sua organização para traçar um plano de execução. Empresas familiares, por exemplo, precisam pensar primeiro na sua profissionalização. É difícil iniciar processos de transformações profundas na organização, se o gestor ainda esbarra em questões básicas de sucessão, por exemplo. 

Já as empresas que estão em processo de abertura de capital precisam se adequar, o quanto antes, às práticas de ESG. Não dá para começar a jornada de organização listada na Bolsa sem a adoção de ações de governança corporativa e de sustentabilidade. Independente de qual estágio a empresa esteja, é essencial que a liderança analise suas práticas, colete dados  e KPIs para, a partir disso, implementar as iniciativas de ESG.

3 – Elabore estratégias tangíveis

Ao elaborar as estratégias de ESG é importante que os gestores pensem em ações concretas e estejam preparados para o que isso exigirá de transformação. É muito comum a liderança expressar seu desejo de respeitar o meio ambiente, mas quando uma discussão mais tangível é colocada na mesa, como a mudança da matriz energética, as reações são de espanto. Isso porque os líderes não entendem que serão necessárias adaptações, novas formas de aprovação de investimentos e até uma eventual diminuição de lucratividade ou taxa de retorno durante alguns anos.

4 – Construa uma liderança diversa

Tão importante quanto o teor das discussões para implantação de práticas de ESG é quem está por trás delas. A empresa só avançará na concretização de ações sustentáveis e que abarcam as diferentes pessoas, quando construir um time de gestores diverso. 

No Conselho, por exemplo, é importante ter representantes de áreas diferentes, mas também pessoas de idades, gêneros, perfis e personalidades diversas. Essa é a única forma de construir algo realmente inovador, de criar novas realidades e adotar práticas transformadoras nas diferentes esferas da sociedade.

5 – Traga a emoção para a mesa de discussão

Não importa o quão motivados o proprietário da empresa ou um líder estejam para aplicar as práticas de ESG na organização. Se eles não conseguirem convencer os demais gestores a respeito do tema, o processo será travado. É que as decisões não são tomadas apenas por uma pessoa, mas pelo grupo de líderes. 

Para inspirar a liderança, o gestor terá que trazer a emoção para a mesa, pois somente ela pode gerar transformação. Mais que dados ou projeções de resultados, a narrativa dele deve lembrar os demais sobre valores e cultura, sobre o impacto prático das ações de ESG e sobre o legado que vão deixar.

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