Um encontro “por acaso” me levou à cadeira de vice-presidente de RH do Grupo Pão de Açúcar (GPA).

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É claro que muitas outras coisas foram importantes para eu chegar lá, mas tudo começou porque esbarrei com um colega executivo numa papelaria do bairro.

Antes disso eu já mirava a tal vaga, mas não tinha contatos que me ajudassem a chegar no CEO Claudio Galeazzi, tão pouco no fundador, Abílio Diniz.  

Até que encontrei com esse colega com quem trabalhei na Ambev. Conversamos rapidamente e eu perguntei onde ele estava trabalhando. Para minha surpresa, ele disse: “sou consultor na Galeazzi & Associados”.

Quase caí para trás. Vi a oportunidade bem na minha frente e logo perguntei se ele indicava meu currículo, pois tinha grande interesse em me conectar ao Galeazzi.

Ele prontamente atendeu ao meu pedido e, em pouco tempo, eu já estava na consultoria conversando com o diretor de RH de lá.

Depois de uma boa entrevista, o diretor me perguntou onde eu gostaria de trabalhar na Galeazzi & Associados. Eu fui sincera. Disse que não queria trabalhar na consultoria. Estava ali porque sabia da vaga no GPA e gostaria muito de me apresentar ao Claudio Galeazzi.

“Tenho certeza que essa posição é para mim”, disse a ele.

E ele me respondeu: “eu concordo, o Claudio precisa te conhecer”.

E foi assim que fui apresentada ao Galeazzi, em seguida ao Abílio Diniz e, depois de uma conversa com grande alinhamento de valores, fui convidada para ser a VP de RH do GPA.

Mais tarde soube que eu nem tinha o perfil que eles procuravam, pois estavam em busca de um executivo com mais de dez anos de experiência em RH, o que não era o meu caso.

Quando penso nessa história ainda fico impressionada com a sequência de coisas improváveis que me levaram ao meu objetivo. Um encontro inesperado, uma boa entrevista para um emprego que eu não queria, um convite para uma vaga para a qual eu não tinha o perfil passado ao headhunter.

Mas, quando eu olho de novo para essa mesma história, percebo que há dois detalhes valiosos e que nada têm de aleatórios. 

Um deles é a rede de contatos, que pode ser uma das coisas mais importantes no mundo executivo. Por isso, uma boa dica é: trabalhe por uma boa rede e cuide dela.

O outro segredo é: quando há clareza de intenção, o universo conspira a favor. 

Eu queria muito aquela posição, então quando o universo mostrou uma pontinha de favor, eu abracei como minha grande chance. 

E foi assim que eu fiz o “por acaso” se transformar em realidade.

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