Embora hoje eu atue exclusivamente como Conselheira, houve uma época em que ocupei o cargo de CEO de uma empresa, além de ter sido C-level em outras por muitos anos.
É claro que a maioria deve estar pensando que era “para ganhar mais”, mas, acredite, não era.
Quando parei para analisar, cheguei à conclusão que era uma cartela de motivos, mas, principalmente, porque acreditava que era uma posição na qual eu teria possibilidade de ter mais impacto.
O dinheiro não foi um fator determinante, mas o poder, sim.
Sei que quando usamos a palavra poder, sempre soa como algo negativo. Entretanto, não estou me referindo à síndrome de pequeno poder, de mandar e o outro obedecer.
Me refiro ao poder de ajudar, impactar, dar sentido, fazer a diferença e de liderar as pessoas em uma direção.
Essas características são algo que tenho desde muito jovem: auxiliar, propositar, definir onde deveríamos estar focados, para onde vamos e como ajudar a criar a história que compele as pessoas a acreditarem nessa direção e ir.
Mas outro fator determinante na decisão de virar CEO veio quando integrei o meu primeiro Conselho, simultaneamente ao cargo de C-level que ainda ocupava numa empresa multinacional brasileira. Todas as cadeiras naquele Board estavam preenchidas por CEOs ou ex-CEOs.
Passei a perceber que eles eram mais ouvidos, afinal, seus comentários traziam um approach e uma visão que eu, na prática, ainda não tinha vivido.
Hoje, enquanto Conselheira de grandes empresas, percebo que as coisas mudaram: é muito mais comum buscarem pessoas de diferentes áreas de expertises e backgrounds diferentes.
Essa pergunta me fez refletir sobre minha longa jornada profissional e como cheguei onde estou hoje. As minhas decisões me tornaram uma líder autêntica e uma conselheira que traz na bagagem muita pluralidade.
E você, já parou para refletir sobre as suas decisões profissionais e aonde elas podem te levar?