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5 dicas para a jovem Claudia Elisa que pensava em ser líder

A ideia de progredir na carreira, via de regra, nos faz pensar em assumir um posto de liderança a partir de certo momento. Muita gente almeja isso e é legítima essa busca. É preciso, porém, pensar por que queremos e nos esforçamos tanto por essas posições.

Já vi muita gente que queria ser promovida a líder pensando somente no salário maior que receberia, ou no status de poder dizer que ocupa um cargo diretivo. Apesar de serem motivos compreensíveis, podem não ser o melhor parâmetro para sucesso e felicidade. E se não forem, não trarão os resultados esperados pelo profissional e, muito menos, pela empresa.

Aprendi na pele que ser líder traz uma responsabilidade grande de orientação e de inspiração de um time de pessoas, com o objetivo de conquistar resultados fazendo florescer o melhor de cada membro da equipe.

Não se engane, a tarefa é árdua! Ser líder não é apenas dar ordens e distribuir tarefas. Isso é, no máximo, ser chefe.

Como já contei em outros textos, ao longo da minha carreira contei com a mentoria de líderes fabulosos (como Claudio Galeazzi e Abilio Diniz) e com o exemplo de tantos outros (como Marcel Telles, Anderson Birman e Laercio Cosentino), que foram essenciais para meu crescimento como profissional e como pessoa. 

Contudo, por melhor que sejam seus mestres, tem coisas que a gente só aprende por conta própria, observando, estudando, praticando, caindo e levantando. Algumas vezes, até contrariando seus mentores.

Por isso, vou compartilhar com vocês 5 dicas que eu daria a mim mesma se encontrasse com a jovem Claudia, quando ainda não ocupava posições de liderança.

Vamos lá?

  1. Não somos promovidos só porque fazemos muito bem nossa função atual. Quem é promovido é aquele profissional que, além disso, demonstra características (conhecimentos, habilidades e atitudes) da posição de liderança almejada. Por isso, investigue as características para o cargo de liderança em questão. Definitivamente, não existe uma receita. Cada empresa, cada setor vai demandar habilidades e conhecimentos específicos. 

Assim, procure estudar os líderes que lhe inspiram, participe de eventos do setor ou sobre liderança e, se possível, converse com headhunters ou profissionais de recrutamento. Eles poderão lhe dar informações quentes sobre as principais skills observadas nos ótimos líderes.

  1. Seja curioso sempre. Há que ler, estudar e se atualizar sobre novos temas e conhecimentos (inclusive idiomas) necessários à função atual e futura. Não adianta pensar no próximo passo e não ser excelente no passo atual! E vá além! Seja curioso em relação ao mundo. O tal do lifelong learning (aprendizado ao longo de toda a vida) é fundamental. Principalmente porque as habilidades que fazem você ser um excelente profissional hoje não são necessariamente as mesmas que farão de você um excelente líder amanhã. O líder precisa de rotina de estudos, do equilíbrio mente-corpo-alma e de resiliência.
  2. Invista no seu autoconhecimento, de modo a ter consciência sobre quais são suas forças e virtudes. Tenha orgulho delas e saiba reconhecer a forma positiva como elas ajudam no seu desempenho.São vários cursos, métodos e linhas de pensamento que podem ser usados. Eu sou adepta da Psicologia Positiva, uma abordagem científica da psicologia que estuda pensamentos, sentimentos e comportamentos humanos com foco em pontos fortes em vez de fraquezas, construindo o ser humano integral, presente e com bem estar (o wholebeing, como fala Tal Ben-Shahar).
  3. Muito é falado sobre corrigir os gaps (pontos fracos). É meio óbvio dizer que temos que melhorar naquilo que somos fracos, mas calma! A verdade é que todo mundo tem algum gap. Tenha então atenção aos gaps que fazem você se sentir com medo ou vulnerável, ou que estejam atrapalhando o seu desenvolvimento. Por exemplo, líderes falam mais em público. Não dá para defender pontos de vista com uma comunicação que não faz sentido a quem ouve. O autoconhecimento será de extrema valia para fazer a correta identificação dos gaps e a busca por soluções. Contar com o apoio de um terapeuta, coach, mentor ou outros profissionais especializados ajuda muito.
  4. Agradeça se a empresa apoiar no desenvolvimento destes conhecimentos, habilidades e atitudes, mas caso isto não ocorra, seja proativo e vá atrás, sem lamentações. Sua perseverança será reconhecida em algum momento e lugar. É como diz o ditado, “saber não ocupa espaço”. E em tempos de mundo digital, não dá para dizer que “não tenho dinheiro” ou “não tenho tempo”. São muitos conteúdos e cursos online, sem custo e acessíveis 24h por dia. 

Atenção: nenhuma dessas dicas é válida se você não se divertir ao longo da jornada. 

Não faça de um processo tão bonito e enriquecedor um fardo. 

A vida pode (e deve) ser leve! 

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