ESG é uma jornada constante e não uma linha de chegada

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Quem está antenado nos assuntos do momento – ouso dizer até quem não está – sabe do crescente aquecimento em torno da pauta ESG. Crescente também está sendo a corrida das empresas para iniciar a estruturação das práticas de ESG, uma vez que, comprovadamente, o âmbito corporativo está cobrando cada vez mais.

E não é para menos: segundo a Bloomberg Professional Services, o mercado global de investimentos focados em ESG movimentou, no ano passado, cerca de US$ 30 trilhões, e esse valor pode chegar a US$ 53 trilhões em 2025.

Enquanto conselheira e advisor de grandes empresas, acompanho de perto a movimentação do mercado e estudos acerca da temática. Seja por compliance, conveniência ou convicção, as empresas estão caminhando em direção aos pilares de governança corporativa, social e do meio ambiente.

Isso é ótimo. Mas é importante ressaltar que ESG não é uma corrida desenfreada, nem algo para ser feito “tudo ao mesmo tempo agora”. O ideal é priorizar uma das letras (E, S ou G) e começar por uma delas. E como descobrir por qual letra iniciar?

Vamos por partes:

Primeiramente, há uma necessidade de entender o momento da companhia, seja ela uma empresa tradicional ou uma startup. Quais são os indicadores e métricas que comprovam onde o negócio está situado em cada letra da sigla? A partir disso, entenda a natureza da sua atividade e priorize, inicialmente, a agenda que está ligada ao seu setor de atuação.

Por exemplo, uma empresa que possui concessão de estradas e transporte, provavelmente, irá priorizar ações ligadas ao social, uma vez que está intrínseco ao seu setor o cuidado com uma grande quantidade de pessoas que a companhia serve em suas estradas e transporte diariamente.

Por outro lado, se a sua empresa não está alinhada a nenhuma das siglas, uma boa dica é iniciar pela sua dificuldade. Se ela mora na governança corporativa, passe a apostar em agendas com os conselheiros e time de gestão para que seu negócio caminhe a essa direção para que o tema não se torne etéreo e sem foco no dia a dia.

O trabalho ESG não é uma corrida, ele é uma jornada constante a ser percorrida e nunca haverá uma linha de chegada! Sempre terá uma evolução, porque a sociedade é mutável e tem estabelecido métricas do que é aceitável e o que passa a não ser.

É um oceano azul de possibilidades para aqueles que sabem e desejam navegá-lo. 

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